O Rock in Rio, um dos maiores festivais de música do mundo, terminou. Muitas pessoas foram até o Rio de Janeiro, enfrentaram filas gigantescas e horas em pé para assistir ao seu ídolo preferido. Mas, não foi por este motivo que resolvi escrever, até por não ser um assunto de meu interesse. O fato é que encontrei na internet depoimentos de crentes, inclusive pastores, que estiveram lá e depois postaram orgulhosamente suas experiências com seus artistas preferidos.
Isto mostra o quanto o relativismo tem atingido a vida dos crentes. Já não há separação entre luz e trevas, entre o que serve a Deus e o que não serve, entre o santo e o profano. Tudo é relativo. A bíblia não serve mais como bússola, pois o importante é o que a pessoa sente. Se é bom para ela é o que importa. É o hedonismo disfarçado com uma roupagem de vida social.
Abaixo trago o exemplo de um pastor por nome de Hermes Fernandes que costuma escrever artigos diversos e é bem conhecido. Leia e tire suas conclusões:
"Depois de dois cultos para lá de especiais, antes da bênção apostólica anuncio ao povo que eu, meu filho e um grupo de pastores da Reina (Pr. Cecílio, meu irmão, Pr. Rodrigo e Pr. Bruno) estaríamos no último show do Rock in Rio, prestigiando a um irmão em Cristo, Nicko Mcbrain, baterista da maior banda de Heavy Metal do mundo, o Iron Maiden."
" Esperei quase trinta anos para assistir à banda responsável pela trilha sonora da minha juventude."
"Alguém me perguntou se minha presença ali tinha objetivo evangelístico. Para muitos, esta seria a única razão que justificaria que um ministro do evangelho estivesse num show de rock. A verdade é que eu estava ali para me divertir ao lado do meu filho e dos meus companheiros de ministério. Curti cada canção do Iron. Foi como tomar um elixir da juventude."
"Como me arrependo de ter quebrado todos os meus discos do Iron assim que ingressei no ministério. Que mal faz o legalismo! Mas pelo menos, minha esposa se libertou dos Menudos...rs"
Tenho sérias dificuldades para entender as razões pelas quais alguns cristãos abominam o tipo de performance do Iron. Será que não percebem tratar-se de dramatização? Então, por que assistem a filmes de terror? Por que conceder licença poética ao cinema, ao teatro, aos livros, mas não à música?
"A maioria sequer se deu o trabalho de examinar as letras bem trabalhadas da banda. Algumas falam de demônios, 666, mas sempre em tom irônico ou crítico. O Iron é uma das poucas bandas de rock que não fazem apologia às drogas e ao sexo livre. Bruce Dickinson, seu vocalista e principal compositor é professor de história e, nas horas vagas, piloto de avião."
Para mim, o ponto alto do show foi quando os Irons tocaram “I’m running free”. Ali estava a graça de Deus revelada numa canção de Heavy Metal(Onde está a Graça de Deus nesta música? O que vejo é a escravidão de uma vida libertina. A Graça de Deus é Jesus Cristo! - Autor do Blog) Ocorreu-me, imediatamente, a passagem em que Paulo declara: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou.”
Ao decidir escrever este post, pensei em apresentar razões teológicas para estar naquele show. Lembrei-me, por exemplo, de Mesaque, Sadraque e Abedenego que estavam presentes naquela convocação do rei, e ao ouvirem a música, não se prostraram diante daquela escultura. Apesar de ter sido uma convocação, Daniel parece não ter atendido. Ou então, teremos que admitir que ele se prostrou. Todavia, cheguei à conclusão que seria um desperdício de tempo tentar me justificar. Parafraseando Paulo, que não iria a um show de rock, não julgue quem o faça, e quem foi, como eu, não julgue que jamais iria. O que autentifica nossa fé não são os ambientes que frequentamos, mas o amor que revelamos em qualquer lugar.
Em pleno Rock in Rio, eu e meus pares não fizemos proselitismo, não exibimos camisetas com dizeres evangelísticos, mas buscamos encarnar o evangelho, amando cada pessoa, sem julgá-la ou enxergá-la de cima para baixo.
fonte: www.genizahvirtual.com
Destaquei as principais falas do tal pastor. Ao mesmo tempo que ele não quer misturar o fato de estar ali e ser pastor, procura meios de justificar seu ato, como se a sua consciência lhe acusasse. O pior é querer achar a graça de Deus numa canção de Heavy Metal ou dizer que tudo o que foi apresentado é dramatização.
Estamos vivendo dias sombrios e mais do que nunca nossas convicções precisam estar mais claras, mais evidentes. Infelizmente, misturas como as que fez este pastor, trazem uma nuvem que impede a diferenciação do que é santo e do que não é e ainda podem confundir aqueles que procuram mudança de vida.
Não, não sou perfeito, antes que me perguntem, mas, procuro como o Apóstolo Paulo, seguir em direção para o alvo, deixando as coisas que para trás ficam, vivendo em novidade de vida.
Se quiser leia mais em:
Lembre-se das palavras do Apóstolo Paulo:
Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,(Filipenses 3.17-20)
Sem mais, fiquem na Paz!
Fábio.
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